Receita de Olhar

Nas primeiras horas da manhã
Desamarre o olhar
Deixe que se derrame
Sobre todas as coisas belas
O mundo é sempre novo
E a terra dança e acorda
Em acordes de sol


Faça do seu olhar imensa caravela...


MURRAY, Roseana. O silêncio dos descobrimentos. São Paulo: Paulus, 2000.


UMA BOA DICA PARA SE TRABALHAR AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS EM SALA DE AULA É UTILIZAR O VÍDEO VISTA MINHA PELE.


SINOPSE DO FILME VISTA A MINHA PELE



A história da integração do negro à sociedade de classes no Brasil não é nenhum mar de rosas: passa por sua condição primeira de escravo, substituído pós-libertação pelo forte contingente europeu imigrante nas lavouras de café e nas atividades urbanas, o que subordinou-o a ocupar as camadas mais baixas e desprovidas da sociedade.
VISTA A MINHA PELE é uma divertida paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala-de-aula. Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. Os países pobres são, por exemplo, Alemanha e Inglaterra, e os países ricos são, por exemplo, África do Sul e Moçambique.
Maria é uma menina branca pobre, que estuda num colégio particular graças à bolsa-de-estudos que tem pelo fato de sua mãe ser faxineira nesta escola. A maioria de seus colegas a hostilizam, por sua cor e por sua condição social, com exceção de sua amiga Luana, filha de um diplomata que, por ter morado em países pobres, possui uma visão mais abrangente da realidade.
Maria quer ser Miss Festa Junina da escola, mas isso requer um esforço enorme, que vai desde a predominância da supremacia racial negra (a mídia só apresenta modelos negros como sinônimo de beleza), a resistência de seus pais, a aversão dos colegas e a dificuldade em vender os bilhetes para seus conhecidos, em sua maioria muito pobres. Maria tem em Luana uma forte aliada e as duas vão se envolver numa série de aventuras para alcançar seus objetivos.
Vencer ou não o Concurso não é o principal foco do vídeo, mas sim a disposição de Maria em enfrentar essa situação. Ao final ela descobre que, quanto mais confia em si mesma, mais possibilidades ela tinha de convencer outros de sua chance de vencer.
O vídeo VISTA A MINHA PELE é patrocinado pelo CEERT Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, uma organização sem fins lucrativos, criada em 1990 com o objetivo de conjugar a produção de conhecimento e programas de intervenção na problemática das desigualdades.

PERSONAGENS
Maria, uma garota branca de 12-13 anos.
Luana, uma garota negra de 12-13 anos.
Janine, professora negra.
Suely, uma garota negra de 12-13 anos.
Claudinha, uma garota negra de 12-13 anos.
Zulu, um garoto negro de 14 anos.
Pais de Maria um casal branco de meia-idade.
Pai de Luana um diplomata negro de meia-idade Professor da Matemática um professor negro

FIGURANTES
Colegas de classe de Maria, Luana e Claudinha (cerca de 15 crianças negras e 4 brancas, além de cinco adultos negros); transeuntes.

FICHA TÉCNICA
Vídeo: Vista a Minha Pele
Categoria: vídeo ficcional-educativo
Duração: 20 minutos
Roteiro: Joel Zito Araújo & Dandara
Ano de Produção: 2004
Entidade produtora: CEERT - Centro de Estudos e Relações de Trabalho e Desigualdades.


O VÍDEO ESTÁ DISPONÍVEL NOS ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:


http://www.cpers.com.br/portal2/np_multimidia.php?pageNum_multimidia=5&totalRows_multimidia=18


http://www.cpers.com.br/portal2/np_multimidia.php?cd_multimidia=13


http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=46707362


http://www.truveo.com/Vista-minha-pele/id/4064941584


LEITURAS E ENDEREÇOS ÚTEIS


ATLAS RACIAL BRASILEIRO
www.pnud.org.br

ALGARVE, Valéria Ap. Cultura negra na sala de aula: pode um cantinho de Africanidades elevar a auto-estima de crianças negras ....UFSCAR: Dissertação de Mestrado.
http://www.ufscar.br/~neab/documentosBV/DissVAA.pdf

BOLANDO AULA DE HISTÓRIA
http://www.grubas.com.br/bolando-aula-historia.asp?ano=2006

BENTO, Maria Aparecida da Silva. Cidadania em preto e branco. São Paulo, Ed. Ática, 1999.

BRASÍLIA. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 2005
http://www.sinprosp.org.br/arquivos/afro/diretrizes_relacoes_etnico-raciais.pdf

CADERNOS DE DIÁLOGOS PEDAGÓGICOS - Combatendo a Intolerância e Promovendo a Igualdade Racial na Educação Sul-Mato-Grossense.2005
http://www.sed.ms.gov.br/geradorhtml/paginasgeradas/ead_3958/pdfs/caderno_igualdade_racial.pdf

CADERNOS IGUALDADE RACIAL - CEERT
http://www.ceert.org.br/educacao_old/pdf/3%20lugar%20EI.pdf

SÉRIE CADERNOS TEMÁTICOS. HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. Curitiba, SEED/PR, 2006.
http://200.189.113.133/cdec/arquivos/File/Afro_II.pdf

CAVALLEIRO, Eliane. Do silêncio do lar, ao silêncio escolar. Racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. São Paulo: Contexto, 2000.

FAVERO, Yvie. As crianças e a Lei 10.639. Jornal Bolando Aula.
http://www.gruhbas.com.br/arquivos/publicacao/bolando_aula_2007_80.pdf

FAVERO, Yvie. As crianças e a Lei 10.639. Fundação Palmares
http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=466

CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam. Relações Raciais na Escola: Reprodução das desigualdades em nome da igualdade. Brasília: UNESCO, INEP, Observatório de Violências nas Escolas, 2006.
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001459/145993por.pdf

GOMES, Nilma Lino. Diversidade Cultural e Currículo - a questão racial na prática educativa dos/as professores/as.
http://www.ufscar.br/~neab/pdf/ciclo1_azul_compl.pdf

LIMA, Heloísa Pires. Áfricas e afro-brasileiros nas videotecas.
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2004/rab/tetxt3.htm

MEC/SECAD. ORIENTAÇÕES E AÇÕES PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. Brasília: MEC/SECAD, 2006.

MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. 2ª. ed. revisada. Brasília: SECAD/ MEC, 2005.

ORIENTAÇÕES CURRICULARES – Expectativas de Aprendizagem para a Educação Étnico-racial. Prefeitura Municipal de São Paulo. 2008
http://arqs.portaleducacao.prefeitura.sp.gov.br/exp/educacaoetnicoracial.pdf

OLTRAMARI, Leandro Castro. Discriminação, Educação e identidade.
http://www.virtual.udesc.br/Principal/Documentos/Artigo%20Leandro_Castro.doc

PESTANA, Maurício. Ações Afirmativas: Este é o caminho.
http://www.palmares.gov.br/_temp/sites/000/2/publicacoes/cartilhapestana.pdf

PROJETO A COR DA CULTURA. Saberes e Fazeres: Modos de Ver. v. 1. RJ: Fundação Roberto Marinho, 2006.
http://www.acordacultura.org.br/

PROJETO EDUCAR PARA A IGUALDADE RACIAL
http://www.dialogoscontraoracismo.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=171&Itemid=28

SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Pode a educação prevenir contra o racismo e a intolerência?
www.lpp-uerj.net/olped/documentos/ppcor/0083.pdf
http://ftp.unb.br/pub/UNB/ipr/rel/ipri/2000/2635.PDF

COLEÇÃO PUBLICAÇÕES DA DIFERENÇA: NEGROS E BRANCOS NA ESCOLA. Volumes 1, 3 e 10.
http://www.usp.br/neinb/?q=node/9
http://www.usp.br/neinb/livros/vol(10).pdf
http://www.usp.br/neinb/livros/vol(1).pdf
http://www.usp.br/neinb/livros/vol(3).pdf

JOGOS E DINÂMICAS SOBRE IDENTIDADE
http://wata-eh-legal.blogspot.com/2007/11/o-despertar-da-identidade-negra.html

http://www.afropress.com/

www.educafro.org.br

http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2004/rab/tetxt5.htm

http://www.unidadenadiversidade.org.br/


http://txt.estado.com.br/editorias/2007/02/07/ger-1.93.7.20070207.8.1.xml